Aborto, suicídio e prostituição


Sei que vou criar algumas animosidades com esse texto e talvez perca alguns seguidores, mas tudo bem. Isso é o resultado da tal “liberdade de expressão”, da qual falarei em outro texto, em outro momento.

Um bebê ou um feto? Tem direitos ou é só... uma coisa?

A questão do Haiti, a despeito da enorme necessidade daquele povo, foi um alívio para a ala mais radical do atual governo. O controverso lançamento do PNDH3 pela Sec. dos Direitos Humanos – com aval da Min. da Casa Civil, Dilma Roussef, e  assinatura do Pres. Luis Inácio – criou uma situação bastante incômoda para a ministra em pleno ano eleitoral. Bem, há ao menos  4 pontos bastante problemáticos – controle de mídias (leia “censura”); fim da propriedade privada (leia “comunismo”); a tal “Comissão da Verdade”, sobre uma revisitação ao período da tortura militar, mas deixando de lado o terrorismo de certos grupos armados de esquerda; e a questão do aborto, que tratarei nesse post.

Há uma variedade de questões que desembocam nesse tema:  cultural, social, religioso, saúde pública, biologia, direito sobre o próprio corpo, economia e uma série de outros aspectos. Não vou tratar de todos. É clara minha posição religiosa, cultural e social, por exemplo. Mas o ponto hoje é outro: direitos, já que a questão foi levantada pelo Plano Nacional de Direitos Humanos.

O principal argumento – no campo dos direitos humanos – que se faz é o fato de a mulher ter direito sobre o próprio corpo. Tem razão de ser? Sem dúvida! Mas a questão – por uma razão biológica, principalmente – não é tão simples. O primeiro argumento que ataca essa questão é justamente o paradoxo em si mesmo que esse argumento possui: se a mulher tem direito sobre o próprio corpo, teria o feto o mesmo direito? E essa briga vai longe: ninguém consegue precisar onde começa a vida de fato e, portanto, a partir de que ponto esse bebê teria “direitos”. Assume-se, então, para alguns, que o feto é “parte” do corpo da mulher. Ou então não é nada. Eu disse que não entrarei nos aspectos morais, religiosos, éticos, culturais ou sociais, então ficarei no ponto dos direitos.

Há, então, alguns desdobramentos do mesmo argumento que gostaria de tratar aqui, sem entrar no direito do feto, tão controverso. Há uma questão pouco abordada, que é o direito do homem. Exatamente, do homem! Nenhuma mulher consegue fazer um filho sozinha. Mesmo para a proveta, é necessário um homem, ainda que anônimo. Se uma mulher, então, por ter um feto dentro de si poderia ter direito sobre ele, que se dirá do homem que participou da concepção? Eu sei que o tema parece ridículo, mas é real: por que a mulher tem direito sobre o bebê e o homem não? Gostaria de ouvir o que pensam sobre esse aspecto e, se possível, a opinião de juristas sobre o assunto.

“Mas eu posso tirar o feto do meu corpo se eu quiser”, dirão alguns (ou algumas). Sem dúvida! Concordo com isso. E também concordo que se faça isso sem danificar ou matar o bebê. Tem como? Não sei. Eu não vou entrar no aspecto religioso e civil para saber quando a vida começa, mas se alguém tem dentro de si algo que pertence a outra pessoa também, há que se levar em conta essa outra pessoa, não?

Muita polêmica até agora, mas meu ponto ainda é outro. Fossem todos os pontos anteriores resolvidos, sobre uma questão de igualdade. Se a mulher tem direito sobre o próprio corpo – a ponto de decidir realizar um aborto, não poderia também decidir cometer um suicídio assistido num hospital? E quanto à prostituição, crime no Brasil, não deveria então ser uma questão de “direito sobre o próprio corpo”? E nem vou entrar no aspecto das drogas, já que esses podem ter efeitos sobre o corpo de outras pessoas, mas a questão não é mais ampla do que faz parecer a questão do aborto? E, se a mulher tem esse direito, por que não os homens também? E não me venham com o papo de “Na Holanda isso e aquilo…”, pois vivemos no Brasil, outro país, outra cultura, outro esquema.

Tenho outros argumentos ainda, mas gostaria de ouvir a opinião de vocês antes de falar algo mais. Que pensam sobre o assunto?



Imagem do blog A Romancista

42 comentários sobre “Aborto, suicídio e prostituição

  1. Para mim, aborto = assassinato, simples assim.

    • E no caso de gravidez de risco? Ou casos de gravidez resultantes de estupro?

      • Quando minha mãe estava grávida do meu irmão, os médicos alegaram q ele nasceria sem cérebro e q era arriscado continuar a gravidez. Ela teve fé e ele nasceu perfeito. Já possui 26 anos e é o melhor cara q eu conheço. Quanto ao caso do estupro, já passei por isso, engravidei e NUNCA pensei em abortar. Infelizmente perdi meu filho por uma tentativa de homicídio, mas eu jamais tiraria a vida de alguém q não tem culpa do q acontece com a sua mãe. Aborto é coisa de gente fraca. Sei q sou radical, mas não consigo pensar de forma diferente. E nem religiosa eu sou.

        • 😐

          UAU! Depois desse depoimento, quero ver quem vai defender aborto aqui. Caraca, nem sei bem o que falar.

          Só sei que seu irmão é prova que Deus sabe “um pouquinho” mais que os médicos, né?

  2. Falae cara, sobre sua pergunta, lembre que nossa “sociedade juridica” é baseada nos conceitos matriarcais soberanos. Ou seja, o homem fica quieto e paga as contas.
    O problema do homem “dar pitaco” no assunto, é exatamente devido aos motivos contrários. Ou seja, em 90% dos casos de “golpe”, o homem é enrolado a fazer sem camisinha e tudo mais e quando vai ver 9 meses depois, barriga! Concordo, se o mané não quisesse, dava pra evitar, mas o único método anticoncepcional existente que depende do homem, é a camisinha. Barreira que infelizmente as golpistas conseguem driblar fácil. Se juridicamente o golpeado pudesse opinar, iriamos ter muuuuuitos abortos por ai.

    • Um ponto interessante… se o homem puder opinar, então aumentariam os abortos. Mas, então, não estamos falando de direitos “desiguais”?

      • Quer maior prova de desigualdade nesse assunto, do que presidiários terem direitos humanos? Que eu lembre, alguem que é preso perde seu direito a cidadania. Mas alguem que mata outro humano, ainda tem algum direito?

  3. Belo texto …
    Assunto antigo …

    Na minha opinião … a “concepção” dos Direitos Humanos foi criada de uma forma erronea … cito sempre quando entro em alguma conversa sobre o assunto o simples fato que todos conhecem … e comentam “tal cara matou e estuprou (não necessariamente nesta ordem, já que é fato que existem mentes que são capazes de tudo) uma menina de 15 anos, e vem os direitos humanos defender o cara … que tem direitos a isso e aquilo. Sim, tem direitos, assim como deveres perante a seus atos … e a família? e se tivesse acontecido com a filha do cara dos direitos humanos?”
    Porém, esse é outro caso … assim como a reforma tributária hehe …

    Mas, neste caso específico, concordo plenamente com o fato de homem ter direitos sim sobre a questão do aborto, afinal, foi peça importante e fundamental para gerar o bebê … e desta forma, tanto um quanto o outro, devem saber as consequências, e arcar com elas … hoje, a informação é livre, as pessoas tem acesso a informação, sabem que existem meios para se prevenir, evitar, etc …

    Então, nesse caso, sou contra o aborto … completamente …
    Já em casos de gravidez resultante de estupro … já complica … sou a favor até o momento X (aquele que não se sabe se realmente a vida esta propriamente realizada, etc.) … e quanto a gravidez de risco … também … é de se pensar … casos e casos …

    Finalizando … tema polêmico … porém, interessante e que atiça a discussão e divergencias de opinião.

    Abs
    Luiz

    • É… essa idéia de direitos humanos dos bandidos, quem entende, é o senador Suplicy, que foi lá defender os sequestradores do Abílio Diniz (alguém lembra?)

      Sou só eu que tenho essa visão torta, ou essa gente só defende direitos quando são para os seus próprios bandidos?

  4. Acabo de ver entrevista do min. Gilmar Mendes dizendo ser “difícil compatibilizar essa proposta com a constituição”.

  5. Agora uma outra linha de pensamento sobre o assunto. Eu não tenho nada contra nem a favor do aborto. Tive meu filho sem ser planejado e isso mudou completamente minha vida em todos os sentidos. Eu seria um homem completamente diferente (talvez para bom, talvez não). Mas se vc me perguntar se eu teria tido o filho se fosse por opção minha, eu diria que não. Gosto de acreditar que a mãe dele diria o mesmo. Hoje se vc me perguntar se quero outro filho, irei responder novamente que não. No entanto, nunca se sabe o dia de amanha e vc pode acabar com mais uma criança no colo daqui nove meses. O que eu acredito que realmente se faz necessário nesse quesito de aborto, é que deveriam existir formas realmente eficases de anti-concepsão. Pilula do dia seguinte não funciona repetidamente. Camisinhas furam. Vazectomia e afins não tem volta. Pilulas e injeção tem efeitos colaterais.
    Pessoalmente, eu inventaria uma pilula para o homem. Eu não me importaria de ficar com a voz fina e sem pelos, mas ter uma garantia de não acabar engravidando ninguém só pq estava bebado demais 🙂
    Eu acho que mundialmente existe um investimento muito grande a respeito do aborto, quando a conversa realmente esta na educação e na anticoncepção. As pessoas deveriam ser educadas a não transar sem proteção antes de ter uma forma de se sustentar. Ninguém deveria ter filho se não tem como pagar a conta.

    • Ele não perde direito à cidadania. Ele perde o direito de livre circulação, o tal do “ir e vir”, em favor do direito dos demais da sociedade.

    • Mas concordo com você quanto a “educação e anticoncepção”.

      Infelizmente, porém, a questão é mais cultural do que de educação. Tem muita gente “educada e informada” se surpreendendo com gravidez inesperada por aí.

  6. Cabe muita discussão! Esse tema é muito polêmico! Alguns questionamentos seus quanto ao pai, levantam outros , por exemplo, e os pais que negam a paternidade? Mas o único ponto que me aterei é que sou completamente ” a favor da vida”! Acho o aborto cruel e covarde!

    Um abraço.
    Vera Lucia

    • Olá, Vera,

      Concordo que é mais fácil encontrar homens irresponsáveis que abandonam os filhos do que aqueles que os assumem e brigariam para mante-los vivos. Alias… será? A maioria dos pais que conheço cuida de suas famílias.

  7. Mais cruel e covarde que um aborto é ter uma criança sem a menor condição de criá-la, educá-la e prepará-la para o futuro.

    Sou mulher, estou grávida, e sou totalmente a favor do aborto, especialmente em casos de doenças como a Trissomia 21 (Síndrome de Down). Se os pais morrem num acidente, por ex, quem vai cuidar da criança?? O Juiz, que não permitiu que o aborto fosse realizado? É muita hipocrisia….estamos muito atrasados….

    Beijos para vc, Sérgio!

  8. 1º Enquanto a ciência não souber qdo a vida começa, e com certeza, não dá pra ser a favor do aborto. Na dúvida entre o risco de assassinar e a certeza que não se matou ninguém fico com a segunda.
    2º Custo de um aborto, +tratamento das seqüelas físicas e psicológicas na mãe – para o SUS, dá pra sustentar uma criança até os 16 anos. Cadê o ‘bolsa vida’?

    • Pois é… o ponto de vista economico é relevante, mas deixei de lado no texto.

      Há quem diga, Marcelo, que a liberação do aborto diminui a pobreza. Me parece, porém, um método meio “nazista” de redução da pobreza a partir da redução do número de pobres, não por elevá-los economicamente, mas por eliminá-los friamente mesmo.

      Particularmente, prefiro o seu argumento.

  9. Só um toque para o Rogério, se tomar pílula e beber, não adianta a pílula, pois o álcool corta o efeito do medicamento,
    Sou contra o aborto, apesar de já ter tentado abortar pois minha médica disse pra que eu não engravidasse pois meu útero ainda não tinha voltado ao normal, vale lembrar que tive 4 filhos em 4 anos e 3 meses (não fui louca não, amo crianças), mas como minha médica disse que primeiro eu tinha o útero retrovertido, onde dificultaria um pouco para engravidar, segundo que se engravidasse novamente tão em seguida o bebê e eu correríamos risco de vida, então pensei no aborto sim, mas tinha 27 anos e não via as coisas como vejo hoje. Sempre quis casar e ter 4 filhos. Mas e o estupro ou gravidez de alto risco, no momento eu optaria pelo aborto, somente no caso de alto risco, por estupro, acredito que depois do bebê nascer a mãe iria amar a criança, mas realmente entram muitos temas juntos, a vontade de Deus, a cabeça da mãe. É complicado né???
    O que eu acho é que as mulheres devem se prevervar mais.
    Bjs

    • Aê, Rogério bebum, toma essa! Hahahaha…

      —–

      Viu só? Aprendi direitinho com a minha mãe, hehehe

      Pois é… se ela tivesse abortado, minha irmã caçula não teria nascido e eu teria perdido uma BAITA irmãzinha, parceirona e que AMO demais.

    • A propósito, estou nessa “as mulheres devem se preservar mais”.

      Quem me acompanha aqui sabe que sou contra o machismo, o feminismo e outros ismos que ignorem diferenças sem levar em conta as igualdades e vice-versa.

    • Viu só, vivendo e aprendendo… vc diz pilula do dia seguinte, ou mesmo a pilula anticoncepcional??? A unica coisa desse tipo que ouvi, foi que a pilula do dia seguinte precisa de um espaço de pelo menos 3 meses para fazer efeito. Se tomar esta semana, e semana que vem de novo, nao funciona.
      Sobre o aborto, como eu disse, nao sou contra nem a favor. Eu acho que os pais tem o direito pela vida do filho assim como obrigação. Se ambos devem sustentá-lo e criá-lo, por que não saber escolher? Claro, isso obriga o casal a ter uma maturidade que diversas gerações atuais não possuem.

  10. Ótimo texto, tenho opiniões bem parecidas.

    Sobre a alegação de direito sobre o próprio corpo, nesse caso eu acho muito controverso. Primeiro porque alega-se o direito sobre o corpo quando se trata de um outro corpo na verdade. Pra mim o que faz parte do corpo da mulher neste caso é o ninho, o casulo onde o feto se desenvolve. Já o feto em si não faz parte de nenhum corpo, na minha opinião. Segundo pelo que você citou, não se gera um feto sozinho, e portanto ao homem caberia ao menos metade desse “direito”.

    No caso de estupro e gravidez de risco acho que a mulher tem todo o direito ao aborto, por razões óbvias de saúde física e mental. Mas nos outros casos eu acho que a gravidez é uma questão de responsabilidade, ou falta dela, e o feto não deve pagar pelas burradas de quem o gerou.

    Enfim também acho o aborto cruel e covarde, mas aceitável quando a geração do feto é fruto de violência ou pode levar ao risco de vida da mulher.

    Já a discussão sobre o início da vida eu acho puramente filosófico, a velha questão do ovo e da galinha.

    Abração,
    Rodnei Reis

  11. Rogério sem querer pegar no seu pé, rsrsrsrs
    Nesse paragráfo – Eu acho que os pais tem o direito pela vida do filho assim como obrigação, que você citou acima, substitua a palavra obrigação pela palavra amor. Temos que ter amor ao próximo espontaneamente e principalmente quando esse próximo é nosso sangue. O amor tudo supera.
    Eu amo meus filhos e não me sinto na obrigação de nada, é claro de cuidar quando eram pequenos e ensinar o caminho e todas as coisas que pude ensinar, hoje vejo o resultado do amor que dediquei pra eles e olha, infelismente cresceram, rsrsrs
    Tô contigo Rogério, rsrs
    Bjs

  12. Assunto polêmico, mas que gosto de discutir com todo o calor do meu coração. E é difícil, pois quando falo disso com uma pessoa muuuito próxima, que sei que fez aborto, sinto que estou mexendo em ferida aberta. Mas a minha opinião é a mesma – a mulher e o homem tem os mesmos direitos (e deveres) sobre o feto, o feto tem direito a vida (você já viu alguém vivo hoje sem passar pelo processo desde a concepção??? qualquer humano tem que, antes de tudo, ter sido óvulo + espermatozóide – penso assim independentemente da minha religião (já falei que estou em processo de conversão). Eu engravidei aos 19 anos, na situação em que a maioria dos jovens de 19 anos estão: completando o 2º grau, sem emprego, sem compromisso com nada. Não sabia o que ia fazer com a minha situção, mas NUNCA pensei em aborto. Era disso que eu falava no post que pensei estar discordando de você: assumir as consequências, mesmo sem controle da situação. Vi amigas abortando pela primeira vez com o consentimento dos pais (sim, pois isso iria prejudicar o futuro dela – pode matar seu filho, minha filha, ele vai atrapalhar o seu futuro, você não está pronta para assumir um filho, mas pode matá-lo, isso é o mais sensato que podemos fazer: garantir que nada “atrapalhe” o seu futuro). Vi essas mesmas amigas abortando novamente, sem consentimento, sem acompanhamento… Eu e meu marido estamos juntos até hoje, no segundo bebê (uma menina de 2 anos e o primeiro tem 9 anos). Assumimos tudo desde o início, mesmo sem o controle total (sem pagar as próprias contas, sem comprar a própria comida…). Hoje somos recompensados pela nossa coragem e pelo nosso empenho para que tudo desse certo desde o início conturbado para nosso pais e para nós. Tudo deu certo. Assumi a responsabilidade pelos meus atos e as consequências, até hoje, são boas. Nossa família é linda.
    Acho que há situações em que o aborto é válido, concordo com as que você mencionou. Também sei que nem sempre, ao assumir as consequências de nossos atos, tudo será um mar de alegrias. Eu só insisto em que não devemos ver problemas em assumir as consequências. E trabalhar para que tudo de certo daquele ponto em diante, se as dificuldades forem muitas, humildade para pedir ajuda. Falei demais.

    • UAU! Que história, Helena!

      É disso que falo: a maioria, aos 17, 18, 19, só pensa que pode estragar a vida. E, de boa, vc pode estragar a vida de outras formas bem piores e que não incluem um aborto (ou assassinato, como foi falado aqui)

  13. Ótimo texto, escolha de um tema complexo!

    Sou contra o aborto: em casos de descuido: penso que o amor ao filho (a) é mais importante e os danos pscológicos que a mulher pode ter, são imensos.

    Sou a favor do aborto: em casos de estrupo ou doenças.

    Este Decreto não visa Direitos Humanos. Quem tem os direitos? Quem tem os deveres? Todos nós temos direitos e deveres, mas sabemos que na realidade não é assim que funciona!

  14. Vejo com relação ao assunto que dois pontos são pincipais: responsabilidade e renuncia. Em todos os aspectos percebe-se que as pessoas tendem a ser cada dia mais egoístas e irresponsáveis. A partir do momento que a pessoa escolhe ter uma vida sexual ativa, automaticamente é exigido, porém não assumido, responsabilidade. Não é por falta de informação, não é por descuido ou engano, não existe método para não engravidar que não seja a abstinência, até mesmo, em casos raros, o uso do DIU que é um antincepcional considerado super confiável, falha. Só que quando é gerado um bebê, a pobre criança não tem culpa de ter sido concebida e se lhe foi concedido vida ninguém tem o direito de tirá-la e os que optam pelo aborto tiram desse ser humano todo o direito de escolha. Ele não escolhe o que vai ser, no que vai trabalhar, o que vai comer, o que vai estudar e etc porque o egoísmo de outro falou mais alto. Tirar um filho só vai piorar, pois essa pessoa será cada vez mais egoísta e se acontecer a mesma situação no futuro, optar pelo aborto novamente será mais fácil, ou se ficar com o bebê, poderá trazer complicações para a nova criança. Um filho exige responsabilidade, exige renuncia e isso implica uma série de tranformações na vida. Todos temos nossos direitos, porém, cada um só faz juz disso quando beneficia a si. E os deveres que é bom, ficam de lado. Infelizmente as coisas funcionam dessa forma. Eu gostaria de expôr muita coisa também sobre alguns pontos interessantes comentados acima, porém acabaria escrevendo um livro.

    • Bingo!!! Acho que esse é o ponto! Responsabilidade.

      Todo direito implica deveres também. Direitos sem deveres chama-se tirania. Deveres sem direitos chama-se escravidão.

      Quem quer ter o direito de fazer o que quiser com o próprio corpo – como, por exemplo, sexo – tem que ter a responsabilidade, o dever de assumir as consequencias disso. E não é apenas gravidez, falamos de doenças também, para não entrar no campo social. Se fulano transa sem camisinha, um filho pode ser uma benção. Uma doença, dificilmente.

      Falar de “direitos” humanos, sem falar dos devidos deveres é de uma insensatez sem tamanho.

  15. Belo post, Snake, nada como temas dessa natureza para gerar debates, trocas de idéias, reflexão.

    Concordo com você no que se refere à responsabilidade e aos direitos do homem em participar dessas decisões. Creio que sempre que possível a mulher não deve alienar o seu parceiro dessas escolhas.

    Embora seja a favor do aborto em caso de estupro, sou contra o aborto como método contraceptivo. Isso sim é antigo, arcaico, antiquado, ‘anos sessenta’, ou seja, a cara de Dilma Rousselff e sua turma.

    Sou a favor de informação, educação, até porque uma gravidez indesejada pode ser o menor dos problemas diante de males maiores que o descuido e a ignorância podem causar.

    Pessoas bem informadas, donas da sua vontade e da suas vidas decidem, planejam, escolhem a hora que devem ter filhos.

    • Outro ponto importante que você lembrou, Paula: o aborto não pode ser usado como método contraceptivo, como pensam alguns. Além de caro, é um dano psicológico que não sei se vale a pena assumir.

      Ah, sim, caro em relação à pilula e – principalmente – camisinha, né?

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