Ver e amar

“sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você,
eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim,
até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo,
talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?”

Caio Fernando de Abreu

Como você me dói de vez em quando…

Em homenagem a uma amiga que fez aniversário neste feriado e que deixou saudades, um texto de Caio Fernando de Abreu, autor gaúcho que ela me apresentou.

“…sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu Deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando

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