Diário de Viagem 2012 – Brinquedinho novo

Estou impressionado com a qualidade das fotos que a câmera que comprei ontem faz, mas tem uma outra coisa bem legal: escolhi esse modelo para começar um videolog, pois filma em FullHD e tudo mais.

Parece que acertei na mosca, olhem esse vídeo

Valeu a dica, Japa

Melhor é impossível

Costumo dizer que pessoas não mudam. Mentira, quem diz isso é o House M.D. Ou não… eu já dizia isso antes de começar a assiti-lo. Bah, fato é que acredito que pessoas não mudam. Ou quase.

Ainda não postei aqui minha teoria da Princesa e do Sapo (o post está quase pronto, sairá em breve), mas acredito que homens mudem menos que mulheres. Menos? Mas eu não disse que não mudam? Não! Eu disse “quase”. Não acredito – de verdade – que pessoas mudem pelas outras “Ah, ele vai mudar por mim”, vai nada! Ele só vai mudar quando acreditar que aquilo será melhor para ele. Simples – e frio – desse jeito.

Helen Hunt e Jack Nicholson em "Melhor é impossível"

O mundo, então, se torna uma terra de intolerantes e sem salvação. Mas… calma lá, não é bem assim. Há uma frase que muito aprecio sobre isso, que foi dita pelo personagem do Jack Nicholson em “Melhor Impossível“. É algo bárbaro! Ao ser questionado acerca do porquê ele gostaria de ficar com a personagem vivida por Helen Hunt, após muito enrolar, ele diz que ela o fazia “querer ser melhor“.

Isso é mágico!! Eu me arrepio em pensar nessa frase e queria compartilhar com vocês a profundidade disso. Ela reforça o que penso: pessoas mudam por si mesmas, não pelos outros. E a definição que ele deu diz isso: “Eu quero ser melhor“. Mas acrescenta o elemento mágico, o catalisador da mudança: “Você me faz querer isso“. Reparem: em nenhum momento ele diz que faz isso “por ela”. Ele faz “por ele”! A mágica está aí: ela o faz querer isso.

Isso é mudança de verdade. E, para um cético e admirador da alma humana, é o caminho mais real.

Diário de Viagem 2010 – CAMPEÓN!!!

CAMPEÓN! ÉS CAMPEÓN!! Y VIVA ESPAÑA! OLE OLE OLE OLE OLÊÊÊÊ!!

Estou rouco de gritar e comemorar! Foi MUITOLOCO!!!! Muito bom mesmo!!!

A Plaça España estava cheia

Tá, vamos do começo.

Cheguei na Plaza España e o lugar já estava lotado! Muito cheio mesmo! Arranjei um espaço entre uma fonte e outra, em cima de uma mureta – que me faria assistir os 120 minutos de jogo (mais 20 de intervalo) de pé. Faltava 1 hora para o jogo e o local já estava abarrotado, mas não parava de chegar gente! Pessoas subindo nos monumentos, nos postes de luz. E o cenário não poderia ser mais bonito: ao fundo, o belíssimo Palau Nacional de Montjuic. O lugar, com suas fontes, era fantástico. Impressionante. Valia a pena só pela vista.

Foi engraçado ver, porém, que uma grande parte da torcida não era mesmo espanhola. Ao meu lado esquerdo, um casal de indianos. Na direita, um grupo de americanas. Um pouco a frente, um casal de japoneses. Sério, o que menos tinha lá eram espanhóis.

Acho que eram holandeses...

O jogo, bem, o jogo vocês viram. Tenso desde o começo, pegado, brigado, jogo de Final de Copa do Mundo. Primeiro tempo e a Holanda perde um gol cara a cara com o goleiro. A multidão calou. Virou o tempo e nada. Primeiro tempo da prorrogação e nada. E então, o segundo tempo, o gol de Iniesta, a festa, comemoração, a multidão explodiu em alegria! Espanha campeã! Fo lindo ver a multidão cantando, pulando, comemorando. Em pouco tempo, as fontes viraram piscinas, as pessoas pulando, jogando água pro alto, como uma criança em uma pequena banheira brincando com um patinho de borracha. As pessoas viraram crianças.

Festa linda na Espanha

A Plaça Espanya foi tomada pela multidão. Poucos foram embora após o jogo e muitos mais chegavam pelo metrô e pelas ruas que desembocavam na praça. A festa estava bonita, pessoas se divertindo, rindo.

Até que, de repente, a polícia decidiu que era hora de terminar a festa. Estupidamente, dois carros da polícia catalã começaram a ir pra cima da multidão. Cena grotesca. Era a gênese de uma catástrofe. Obviamente as pessoas revidaram e começaram a atirar latas e garrafas nos carros. Então veio a tropa de choque e, por bem pouco, não apanhei. É sério! Eu estava tentando sair dali e não tinha mais pra onde ir, pois atrás tinha a multidão e a frente a polícia. E o policial chegou a levantar o cassetete pra me bater, quando o capitão dele o chamou! Assim, providência divina mesmo! Ele virou pra trás e eu passei pelo lado e fui embora.

Fiquei mega bravo por causa desses idiotas que estragaram a festa, mas posso dizer com alegria e orgulho: Projeto “Final em Barcelona” concluído com sucesso! Com muito sucesso!

Na volta, comprei algo no OpenCor pra comer e agora é levantar mais cedo, empacotar as coisas e partir pra Lisboa. Depois, Brasil. 3 países – e três fusos – no mesmo dia.

Feliz! É assim que termino essa viagem! O diário, bem, esse eu ainda vou terminar depois que voltar.

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Hasta!

Diário de Viagem 2010 – Mejores del Mundo

Sim, eu estive lá!

Descobri porquê não consigo ir com a cara do Real Madrid. E descobri outra coisa também. Mas depois falo disso, primeiro tenho que dizer: UAU! O Tour Bernabeu vale mesmo a pena. Podem me xingar, mas me diverti mais lá dentro do estádio que na maioria dos museus que já visitei. Valeu os 16 euros (é…) que paguei. E os caras sabem como vender. Os clubes do Brasil estão anos luz atrasados ainda (mas já falo dos clubes do Brasil, agüenta aí).

O estádio é super bem localizado, no bairro que eu compararia com o Brooklin Novo em Sampa: ruas largas, prédios altos (e muito bonitos), gente de gravata. Na hora de ir embora, perto das 5 da tarde, começou a chover, chuva rápida: pronto, estou em São Paulo!

Saí da estação e, de cara, vejo o estádio. Sério, de cara mesmo! A estação fica a uns 200 metros do estádio. Mais perto que Barra Funda do Parque Antártica ou Tietê do Canindé. É mesmo na porta! Baita sacada: diminui o trânsito na região em dia de jogo e ainda aumenta a chance do pessoal ir assistir aos eventos, melhorando receita.

Campo do Real Madrid

Ah, e penso que deve aumentar a segurança em dia de jogos em estádios rivais (como o Calderón, do outro lado da cidade).

O tour começa lá no alto, no quinto andar de arquibancadas, para ver o estádio inteiro e o campo. Mesmo pequeno – para quem está acostumado ao Morumbi – é muito bonito e deve ser divertido ver um jogo lá. Está aí algo a se tentar fazer numa próxima visita. De lá, sala de troféus. Não sem antes tirar uma foto para fazer piada: o melhor do mundo só tem 1 título mundial! Quem tem três, é o que, então? 😛

Tudo certo, não vou discutir futebol aqui (duvido!). A exploração que eles fazem da imagem dos jogadores também é fantástica: você consegue sair do estádio com uma foto abraçado ao seu jogador preferido – mas custa 12 euros. Não, não vale a pena.

Bola de Ouro do Kaká

Na Sala de Troféus e na Galeria de Jogadores, outra demonstração de quem sabe o que fazer: além de todos os troféus – com as devidas descrições – eles mostram todos os jogadores que passaram pelo clube. Com um adendo: mostram todos os Bola de Ouro, os campeões mundiais, os artilheiros,

A coroa é por ser o time da realeza

o ranking por países (Argentina ganha do Brasil aqui). Legal também a galeria dos atuais jogadores: todas as chuteiras – ou luvas – de cada um, assinada e tudo mais, do atual plantel. Esses caras sabem o que fazem.

Depois foi a hora de descer para o gramado. Sério, o campo é pequeno – só um pouco menor que o Morumbi, é verdade – mas é super bem cuidado. Parece mesmo um tapete. E o banco de reservas, cara, é mais confortável que a maioria dos carros no Brasil!

"Fue un partido muy dificil para nosotros..."

Bancos em couro, anatômicos, cobertos. Dá até pra entender se algum jogador se acomodar e ficar no banco de reservas, hehehe. De lá, passei pelos vestiários – sério, fedem igual vestiário de clube – e pela Sala de Imprensa, onde tive a oportunidade de responder a algumas perguntas dos meus jornalistas imaginários.

No gramado (ou seria tapete verde?) do Bernabeu

O passeio termina na loja do clube, onde um segurança já chegou em mim dizendo que eu não poderia tirar fotos. Pronto, já preferi o Atlético de Madrid e o Barcelona. Não consigo mesmo simpatizar com o Real, e acho que sei a razão: o Real e o São Paulo são muito parecidos. Guardadas proporções e características locais, ambos são times ricos, com estádios próprios e famosos. Ambos tem administração mai profissional de seus países e ambos se localizam na região elitizada da cidade. Ambos se consideram os melhores (Melhor do Mundo x Campeão dos Campeões). Ambos se orgulham de suas conquistas internacionais. Tem quase a mesma idade (Real em 1931 x SPFC em 1935) e, a despeito de serem clubes mais novos, tem muito prestígio. E, pelo que notei aqui, o perfil da torcida também é parecido: os caras se acham pra caramba! E é por isso que não consigo simpatizar com o Real Madrid: os clubes são muito parecidos e a torcida se acha.

Campeão dos Campeões

É a mesma razão pela qual, no Brasil, há tanta antipatia pelo São Paulo: causamos muita inveja (só pra não perder o costume, hehehe)

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Diário de Viagem 2010 – Festa nas Ruas

As ruas de Madrid estão em festa. O jogo em que a Espanha derrotou a Alemanha por 1 x 0, gol de Puyol, deixou o povo em pólvora. Na praça em frente à Puerta del Sol, a alegria é expressa das formas mais distintas: até um Puyol cover tem aqui fazendo gols de cabeça! As duas fontes da praça viraram piscinas para os jovens – no calor madrilenho, nada mau. Enquanto alguns cantam e dançam, uma bola de futebol anima toda a praça, com os pernas de pau correndo de lado a outro, chutando a Jabulani para o lado que o nariz estiver apontado: geralmente para cima.

De minha parte, o projeto ‘Final em Barcelona’ está quase lá! Que polvo que nada! Cravei Espanha na final há mais de 20 dias!

😉

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Diário de Viagem 2010 – Primeiro post

Viagem tranqüila. Ok, talvez esse relato deva começar algumas horas antes. Mais precisamente 10 horas antes, com o Aeroporto de Guarulhos lotado e a fila quilométrica (é sério) no portão de embarque, com a passagem – finalmente – pela alfândega, com a correria por dentro do terminal para chegar no avião 5 min antes de fecharem as portas (e não foi mesmo culpa minha dessa vez), ou com a dor na perna durante o vôo. Mas isso tudo ficou. Em Sampa ou no oceano. A calmaria da cidade em uma manhã de domingo foi um bom prêmio por isso. E o atendimento no guichê de turismo também, muito melhor que a primeira impressão deixada por italianos e franceses. Mas a boa impressão também ficou por aí. Os espanhóis, ao contrário do que ouvira antes, ainda me parecem o povo mais receptivo. Amanhã vou arriscar o inglês com os patrícios. Veremos se melhoram.

Por hora é isso. Aproveitei para dormir depois de alguns dias. O hotel, aliás, me causou excelente impressão (a despeito do atendimento). Agora estou jantando, acabou de escurecer, mas não vi estrelas no céu ainda.

Foi apenas o primeiro dia. Amanhã pretendo explorar a cidade.

Virão comigo?

Paradoxo Internacional: Quem é o Brasil? II

Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim!
Cazuza


Antes de mais nada, preciso explicar o que é este post. Ele é uma resposta ao desafio do João Victor Guedes em seu blog Uai, jovem! (cuja leitura recomendo). O Victor postou um texto chamado Paradoxo Internacional: quem é o Brasil? e lançou o desafio para que eu responda. Na verdade, creio que isso se tornará uma “discussão bloguística”, muito saudável e interessante, a meu ver.

Vamos lá, recomendo a leitura do texto do Victor antes de continuar a leitura aqui. Vai lá… eu espero


Ok, então vamos lá. O Victor abordou a questão do brasileiro e sua imagem lá fora. Não tive muitas oportunidades no exterior – ainda. O máximo que fiz foi uma mochilada desastrada pela Europa. E já foi muito bom mesmo para mim. Aprendi coisas em 3 semanas que demorei 30 anos para entender. E me apaixonei pelo Velho Mundo. Mas ok, já estou ficando nostálgico aqui.

Minha intenção é abordar a questão da imagem institucional do Brasil (apesar de entender que – individualmente – a imagem do brasileiro é mais relevante que isso). Mas vou deixar essa questão para outro momento e chamar algumas pessoas muito queridas que estão vivendo fora para darem sua posição quanto ao tema (vixi, mais alguns blogs na brincadeira): Jorge Trimboli, argentino-brasileiro vivendo nos EUA; Tiago Luchini, amigo do peito e irmão camarada, vivendo com a família na Finlândia; Lucilene Pavão, prima vivendo na Inglaterra há 6 anos; e Fernanda Seloti, minha mana caçula que está trabalhando nos EUA. Darei a eles a palavra para responderem – aqui ou em seus próprios blogs.

Continuamos a discussão a partir desse ponto, tão logo eles tenham dado alguma posição, fechado? Vamos ver se a experiência funciona.